Tia, por mim






queria escrever algo com conteúdo, algo que transmitisse exatamente aquilo que sinto neste momento. Porém, meus sentimentos estão tão atormentados que não me permitem compartilhar estados de espírito.

escritices de pra lá da meia-noite

se viver de arte é ser burguês, sim, faço questão de dizer que sou o maior deles. Bato no meu peito e, com fervor e louvor, digo que minhas rotas finanças são destinados aos assentos das platéias, às lojas de sons e folhas.
se burguês é 'perder' tempo com interpretações desencontradas, que eu nunca encontre a linha da normalidade!

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ó vida, louca por uma espera
espera por uma vida que não é esfera.
ex-fera, que se alimentou de minha terra,
e do meu coração, já fez tela.

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por que seguir o que está escrito, quando posso ser borracha e apagar tais palavras?

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pode ir embora, saia já daqui.
mas não deixe nada para trás,
nem tuas palavras, nem tuas canções.
apenas a vida vivida por nós.

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como é que se chama mesmo?
é, aquilo, tipo esse negócio aí.
nossa, tá vindo, é...
lembra aquela coisa?
ai, tá quase...
exatamente!
acho que é isso o nome daquilo.

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poeminha bêbado, 
faço a ti em noite de sem sono.
no efeito da vodca, planos e sonhos.
após um dia etílico, insano.

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ai de nós se não fossemos fantasmas
a vida passaria percebida
aos feitos de ossos e saturação
a morte se tornaria acalanto e poesia
o sonho, a dor ilustraria
a esperança, apenas uma espera
ai de nós se não fossemos fantasmas

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se fosse feito apenas dos que se consideram loucos, o mundo seria normal.